MARCAÇÃO DA LÂMINA

Existem alguns procedimentos que auxiliam na nossa rotina e na nossa atribuição diária, um deles é a marcação da lâmina, o objetivo desse recurso é sinalizar os campos que concluem o diagnóstico e essa ferramenta é importante para mimetizar o tempo de leitura de um segundo observador.
Nesse post daremos algumas dicas para você se aperfeiçoar na hora de realizar a marcação da lâmina e assim coloborar para melhorar na qualidade do laboratório que você trabalha. 

O que devemos marcar? 
A identificação da presença de células glandulares ou ciliadas é muito importante na nossa rotina, pois a representação delas no esfregaço indica que a coleta foi bem feita e que a amostra tem representatividade da JEC (junção escamocolunar) região mais propícia a infecção do HPV (papilomavírus humano). Marcar na lâmina a presença de células glandulares e também as células metaplásicas é importante, pois caso a amostra seja revisada por um segundo observador, esse por sua vez não precisará realizar a busca por esses tipos celulares;
Realizamos a identificação de agentes no exame cérvico-vaginal, quando há a presença de algum microorganismo que vamos relatar no laudo, é importante a realização da marcação na lâmina do campo onde é observado a presença do agente relatado;
Células atipicas, esse por sua vez é o objetivo do exame de Papanicolaou, identificar a presença de células atipicas que podem sugerir um diagnóstico suspeito para atipias ou para lesão, portanto é importantíssimo a realização da marcação de um ou de mais campos que auxiliaram a concluir o nosso resultado.

Como devemos marcar?
A marcação é algo pessoal, cada um tem a sua técnica ou forma que esta mais habituado. Dependendo do microscópio e da habilidade motora do escrutinador é possível realizar as marcas com a obejtiva de 10X ou mudar para a objetiva de 5X quando identificado o campo. Para a realização da marcação é usado uma caneta para retro projetor, o recomendado é que seja uma caneta com ponta fina, recomendamos com 1mm. O interessante é ter delimitações diferentes para cada situação, como por exemplo: fazer um meio círculo para células atipicas, um círculo fechado para células que sugerem lesão e para agentes ou células glandulares fazer traços e outro artificio usado por alguns profissionais mais exigentes é a utilização de canetas com cores diferentes, como vocês podem observar nas imagens abaixo:

O que pode dar errado?
Para os profissionais iniciantes ou para os estudantes, esse procedimento pode ser um pouco dificultoso, acredito que a maioria dos leitores tem alguma história para contar sobre os problemas enfrentados ao realizar essa técnica no início de suas atividades. A dica que damos é treinar com uma lâmina branca (sem material) e caso na rotina você cubra com caneta alguma célula atipica ou campo suspeito, não se desespere, tenha um lápis borracha, apague a marca e faça novamente.

Queremos saber, como é a sua rotina? Vocês realizam a marcação das suas lâminas, tem algumas dicas ou informações adicionais? Esperamos que tenha gostado da nossa publicação, até a próxima!
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